Marido de Magdalena Holsquor, y cuñado de Evert Hulscher, alias Duarte Osquer. Residía en Bahía, pero tuvo que retornar a Lisboa en 1606 tras la expulsión ordenada por Felipe III. Solicitó regresar a Bahía para buscar a su esposa, pero surgieron acusaciones sobre un posible plan para, junto con su cuñado, reunir una fuerza armada constituida con sus esclavos y apoderarse de la tierra brasileña. (Stols, 1973:37)
Conforme petição de Vandale feito ao Conselho de Índias em 1607, ele pretendia ir ao Brasil acompanhando o recém nomeado governador da Repartição Sul, D. Francisco de Souza, como "morador y poblador de las minas del Brasil y lengua de los mineros estrangeros". Uma denúncia anônima, contudo, afirmava que Vandale pretendia se embrenhar no sertão "com seus escravos" e passar de engenho em engenho promovendo levantes de escravos contra seus amos brancos. O parecer é de que ele fosse "apertado" para confessar (AGS, Secretarias Provinciales, Libro 1476)
Citado en Ferreira en una carta dirigida por el obispo de Leiria, Pedro Castilho al Rey (9/08/1607): Carta do bispo [de Leiria, vice-rei de Portugal], D. Pedro de Castilho ao rei [D. Filipe II], relativa á consulta do Conselho da Fazenda, sobre a petição do flamengo, Manuel Vandale, para continuar a viver no Brasil, onde é casado; é de opinião que se devem pedir informações ao governador [do Brasil], Diogo Botelho. Cod. 51-VIII-18, fol. 231v.
Manuel Vandale foi ao Brasil mesmo proibido, como informa carta do governador Diogo de Meneses ao rei (22/041609), na qual comunica, dentre outras coisas, que estava remetendo preso a Lisboa ao tal Vandale conforme provisão real (Diogo de Meneses in Cortesão, Jaime).
Seu nome aparece ainda em registro de carta com consulta do Conselho da Índia de julho de 1610, como Manuel Vandale, natural de Amberes. O Conselho da Fazenda acata o parecer do Conselho de Índia, mas não se explicita a causa da consulta. (AGS, Secretarias Provinciales, Libro 1498)
Em 1612, Vandale estava na vila de Santos, na Capitania de São Vicente, como representante dos herdeiros da família Schtez, para, em aliança com os padres jesuítas, impedir a venda dos bens do antigo Engenho dos Erasmos, que estavam sendo negociados pelos herdeiros do capitão-mor Jerônimo Leitão através do provedor dos ausentes (Mers, Paul).
Segundo Kellenbenz, Vandale aparece como testemunha em outorga lavrada em Antuérpia em 1614, e como residente em Lisboa em 1615.
Para Eduardo D´Oliveira França, Vandale é um dos personagens de origem flamenga que teria atuado como cúmplice e aliado dos flamengos por ocasião da tomada da Bahia em 1624. Isso talvez explique a sua ida para as capitanias do sul depois da retomada de Salvador no ano seguinte.
Falece na vila de São Paulo de Piratininga, Capitania de São Vicente, nas partes do Brasil, em 1627, deixando testamento e onde se lavrou inventário (Inventários e Testamentos, Vol,VII).
Itinerário/Viajem | Motivo | Data Início | Data Fim | |
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Personagem - Comércio | 1606 | 1609 |
Expulso da Bahia em 1606, retorna desde Lisboa, clandestino, em 1608 e é remetido, desta vez preso, à Lisboa em 1609. |
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Personagem - Comércio | 1612 | 1615 |
Estava em Lisboa em 1610, aparece em Santos em 1612, em Amberes em 1614 e em Lisboa em 1615 |
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Personagem - Comércio | 1624 | 1627 |
Estava na Bahia por ocasião da ocupação holandesa de 1624. Em 1626 está em São Paulo, onde faz testamento em outubro deste ano, falecendo provavelmente no início de 1627 |
Personagens | Relação | Personagens | Operações |
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Magdalena Holsquor, Hulscher, Osquer | Familiar → Cónyuge | Manuel van Dale, Vandale | Ver Magdalena Holsquor, Hulscher, Osquer |
Manuel van Dale, Vandale | Familiar → Cuñado | Evert, Duarte Hulscher, Osquer, Esquel | Ver Evert, Duarte Hulscher, Osquer, Esquel |