Manoel Esteves

Identificador: 
P-6323
Nome: 
Manoel
Sobrenomes: 
Esteves
Assunto: 
Gênero: 
Masculino
Lugar de nascimento: 
Viana
Observações: 

Mencionado como médico, cirurgião e boticário. Em 23/11/1593, em Olinda, o cristão-velho Paulo Roiz (de 20 anos) denunciou circunstância ocorrida na casa do então boticário e cirurgião de Viana, Manoel Esteves, por volta do ano 1581. Contava que ele que estando na casa de sua vó (Margarida Anes), neste período, em Viana (que morava numa casa na Rua da Igreja Matriz), havia escutado da criada de sua avó, Maria Gonçalves, de 30 anos. A criada, conhecida também como "a galega", havia contado que estando na casa de Manoel Esteves cozinhando, já que ele não tinha criada, e lhe haviam mandado tirar toda a gordura da carne. Ela havia estranhado tal procedimento e pensou que era "coisa de judeus".

Foi denunciado por Bento Teixeira, em 11 de dezembro de 1597. Disse que por volta de 1591, quando ele havia voltado a viver em Pernambuco, que estava enfermo de uma "doença da qual o curava um Manoel Esteves médico e cirurgião cristão novo natural deste Reino da vila de Viana”. Vivia este médico, com sua mulher, que era cristã-nova. Manoel Esteves “vinha a casa dele declarante a curá-lo onde estava deitado em cama”. Num dos dias em que veio exercer as curas, na véspera do dia de São Braz, teria dito o médico que "já que as mezinhas que lhe tenho aplicado não fazem nenhuma operação quero lhe fazer um remédio mais divino que humano e pera fazer não há de estar aqui ninguém se não vossa mercê e eu”. As rezas que deveria fazer necessitavam “que jurasse pelo Senhor Deus do céu e da terra que salvou o seu povo da captividade do Egito que não havia de descobrir a ninguém as palavras com que o queria curar”. E que se ele acreditasse "com viva fé", o médico esperava que ele se curaria, “de maneira que nunca mais a tivesse” (folio 298 a 300v).

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