Gaspar Ruiz (Roiz) Cuevas (Covas)

Identificador: 
P-4147
Nome: 
Gaspar
Sobrenomes: 
Ruiz (Roiz) Cuevas (Covas)
Assunto: 
Gênero: 
Masculino
Data de nascimento: 
1555
Lugar de nascimento: 
Islas Canarias
Cristão novo: 
No
Observações: 

Cirujano de la Misericordia de Olinda en 1590. 

Cirurgião em Pernambuco, em 1594. Natural da Ilha de Palma, Canárias. Em 1593, residia em Olinda. Recebeu a carta para exercer como cirurgiao em 02/09/1579, depois de ter sido examinado em Madrid pelo doutor Olivaro Proto. Em Lisboa, foi novamente examinado, pelo doutor Francisco Tomás (Cirurgiao-mor) em 20/12/1593. Afirmava ser cristão-velho.

Foi denunciado por Francisco Varela em 14 de junho de 1595, sobre algo que lhe havia dito o cirurgiao, em sua casa por volta do ano de 1583:
"e perguntado sob cargo do dito juramento que recebeu disse que haverá ora dez anos ou mais estando um dia em sua casa nesta vila Gaspar Roiz Covas cirurgião castelhano da ilha da Palma, genro de Francisco Fernandes o Velho, alfaiate, comendo e jantando uma galinha cozida e uvas, estando sobre mesa o dito Gaspar Roiz Covas encostando se na cadeira para trás lhe disse as palavras seguintes, Compadre comamos nos e bebamos e levemos boa vida que neste mundo não temos mais que nascer e morrer e não sabemos quando hemos de morrer, e que estas palavras lhe ouviu dizer uma só vez estando ambos jantando como tem dito, e que porquanto o dito Covas mandara citar haverá três anos a ele denunciante dizendo que lhe devia curar ele denunciante com paixão escrevera a dita carta ao dito seu sogro a qual logo lhe foi lida pelo senhor visitador e ele disse que aquela era a carta que lhe escrevera por um moço Gaspar da Rocha.
e por não dizer mais lhe foi perguntado que modo é aquele que na carta diz que ele daria ao dito Covas para se livrar? Respondeu que fez escrever assim essas palavras por lhe dar em que entender por estar agastado dele.
E perguntado mais disse que não veio nunca denunciar a esta mesa este caso porque nunca lhe lembrou senão agora que ele senhor visitador lhe tocou nele.
E perguntado se disse o dito Gaspar Roiz Covas levemos boa vida que neste mundo não temos mais que nascer e morrer, ou se disse ele levemos boa vida neste mundo porque não temos mais que nascer e morrer? Respondeu que não se afirma de qual destes modos ele falou, mas que falou de um deles, o qual lhe parece foi como tem dito,
3 por não dizer mais perguntado pelo costume disse nada e que posto que com o dito Gaspar Roiz Covas teve as ditas diferenças logo tomaram a ser amigos e o são ora.

Testemunhou sobre o processo contra João Nunes, no qual lhe acusavam de ter assassinado ao pedreiro Pero da Silva. O cirurgião Gaspar Roiz Covas foi quem lhe havia tratado no hospital da Santa Casa de Misericórdia de Olinda. No dia 16 de junho de 1594 compareceu Gaspar Roiz de Covas – “que cura de cirurgião nesta vila e na casa da Santa Misericórdia”. Quando lhe foi perguntado sobre a enfermidade do pedreiro, respondeu que lhe havia tratado em 1593 e que o pedreiro havia falecido. Informava que Pero da Silva esteve “doente de uma opilação da qual se lhe causou e hidropisia e que desta enfermidade de opilação e hidropisia o curou ele”. Posteriormente, voltou a apresentar os sintomas das enfermidades e faleceu. Também foi perguntado sobre se tinha visto sinais de peçonha (acusação imputada a João Nunes). Ele respondeu que não havia visto quaisquer sinais de envenenamento e que o doente havia morrido pela doença já mencionada.

Cargo ou Função:
Id ATLASCargo ou FunçãoLugarDescrição do LocalDesdeAté
40640CirurgiãoOlinda1583
40640CirurgiãoOlindaSanta Casa de Misericórdia1593