Chegou ao Recife como alferes e se tornou um dos comerciantes mais prósperos da região. "Ainda nos dias incertos de 1635 Moisés Navarro solicitou e obteve autorização para agir como corretor ('makelaer') no comércio do açúcar e do tabaco 'no que é pessoa muito versada'". (MELLO, 1978, p. 246-252).
-
Moisés Navarro fazia parte da lista dos maiores devedores da WIC, datada de 31 de dezembro de 1645. Ele e seu irmão, Arão, deviam 125.973 florins. (MELLO, 1996, p. 349)

Era boticário de formação. Tinha uma botica no Recife, em 1636. Este fato é mencionado por no depoimento Salvador das Neves, do dia 23 de outubro de 1637, em Lisboa. Ele afirmou que esteve na botica de Moisés Navarro, em 1636: "na botica de Moisés Navarro se achou ele declarante com o dito Moisés Navarro e com Fernão do Vale, senhor do Engenho de S. Bartolomeu, e estando todos juntos entre práticas que tiveram disse o dito Moisés Navarro a ele declarante por ocasião de perguntar como trazia espada o dito Fernão do Vale sendo proibida aos outros portugueses católicos que vivia na lei de Moisés e era também a dita sua crença ao que o dito Fernão do Vale se riu declarando-se por esta e por outras muitas vezes que cria e vivia na dita lei" (16º Caderno do Promotor, folios 520-520v)