João de Aro, médico acusado de ser um dos integrantes de uma companhia de soldados que auxiliaria os holandeses na Tomada de Pernambuco, em 1630. Teriam sido aconslelhados por Henrique Medes Peixoto, que neste momento residia em Baiona. Como líderes desta companhia foram escolhidos o capitão Diogo Peixoto (também conhecido por Moses Cohen) e o alferes Antônio Mendes Peixoto (Josua Acohen). Ambos eram irmãos de Henrique Mendes Peixoto. Nesta companhia estavam incluidos o médico João de Aro, o boticário João Sanches e o barbeiro Francisco Caldeira.
Foram acusados pelo capitão Estevam de Ares de Fonseca em 15 de maio de 1635, em Madrid. O processo foi celebrado pela Inquisição de Toledo. Estevam de Ares de Fonseca (natural de Coimbra) havia vivido como judeu em Amsterdam e depois em Ruão, voltando para o cristianismo. Cita vários nomes de cristãos-novos e judeus que estavam já em Pernambuco desde 1630 e outros que iriam com esta companhia.
Julio Caro Baroja trascreveu na totalidade este processo, no terceiro tomo da obra Los Judíos en la España Moderna y Contemporánea (páginas 359-364). Entre os nomes citados estão:
Capitão Diego Peixoto (Mosen Coen), Alferes Francisco Serra (Jacob Serra), Sargento Manuel Martinez de Figueiredo, Ajudante de Alferes João Garces, Ajudante de Sargento Francisco Nunes de Coimbra (Clérigo), José Mendes, Francisco Mendes Francavila, Manuel Dorta, Garpar Dorta, Manuel de Leão (Predicante), Rafael Buendia Gazon (que quer dizer Mestre de Judeus), Francisco de Malaga (Mestre de meninos que os ensina o hebreu), Francisco Caldeira (barbeiro), João de Aro (médico), João Sanches (boticário), Manuel Pereira, Francisco Pinto, Manuel Serrano de Mesquita, João Diez Drago, Manoel Lopes Querido, João Henriques, Manuel Mendes Pinto, Henrique de Silva, João Lopes Peres, Francisco Doria, Rodrigo de Castro (Frei Francisco), Francisco de Luna, Antônio Alvares, João de Andrada, Francisco da Costa, Antônio Rodrigues, Vasco Mendes, Francisco de Brito, Manuel de Sousa, Agustim Nunes, João da Cunha, Gaspar Veloso, Estevam de Vitória, Diego Brandão, João Borges e Nicolau Pinto. Todos estes personagens sairiam do porto de Amsterdam, além de outros vinte judeus da Alemanha não nomeados. (Caro Baroja, 1978, p. 363).
José Antonio Gonsalves de Mello afirma que não conseguiu encontrar documentos do lado holandês que pudessem confirmar esta notícia, mas que existem provas da presença em Pernambuco de Diogo Peixoto. Diogo Peixoto aparece citado por Ronaldo Vainfas (Jerusalém Colonial) como Moisés Peixoto).
Personagens | Relação | Personagens | Operações |
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Juan (João) de Aro | Militar → Desconocido | Moisés Peixoto | Ver Moisés Peixoto |
João Sanches | Militar → Desconocido | Juan (João) de Aro | Ver João Sanches |