Faz um requerimento [ant. 1637] ao rei [D. Filipe III] solicitando apoio na sua condição de doente, pelos serviços prestados no Brasil.

Pero (ou Pedro) Simões esteve na companhia de Cosme do Couto Barbosa, Comendador da Ordem de Cristo, Capitão do Mar e Guerra, que saiu de Lisboa em 07/09/1635 para o Brasil. Cosme do Couto Barbosa escrevia desde Lisboa, em 20/09/1636, que comandava um dos galeões que saiu sob as ordens de Dom Rodrigo Lobo "ao socorro que se lançou na Alagoa para a guerra de Pernambuco, o que se fez com grande risco a vista do inimigo, e daí a tomar a Bahia de Todos os Santos donde em companhia do dito Dom Rodrigo Lobo vim dando guarda a todos os navios da frota do Brasil que entraram a salvamento em Viana, e no Porto, e com o resto deles por esta barra de Lisboa no fim de julho deste presente ano". Neste galeão estava o soldado Pero Simões, cavaleiro fidaldo, que assistiu com Cosme do Couto Barbosa como capitão do fogo, além de outras "fainas de navegação". Constava no documento que já tinha muita experiência em que havia estado servindo nas Armadas.

Por volta do mês de fevereiro de 1637 foi ferido no Alojamento de Santarém, em uma dessas assistências para a Armada, resultando-lhe três feridas. Estes ferimentos foram tratados pelo Cirurgião-mor das Armadas Francisco Pereira. Deste tratamento havia conseguido recuperar-se um pouco, podendo andar. Já estava para "ir assistir no dito Alojamento" e voltou a ficar doente. Neste momento, por volta do mês de março de 1637 solicitava ao rei que "lhe faça mercê mandar ao Provedor dos Armazéns o mande socorrer". Neste momento, foi tratado pelo médico Diogo de Gois, que mandou-lhe sangrar, purgar e enxaropar, depois de diagnosticá-lo com uma febre catarral, entre os dias 10 a 17 de março de 1637. No dia 27 do mesmo mês e ano continuava enfermo.