Devoção promovida pelos jesuítas e que pronto se organizou em confrarias.
"A devoção às almas do Purgatório, tão característica do povo português, trasladou-se com ele para o Brasil. Apenas chegado a S. Vicente, conta o P. Leonardo Nunes que entre outras práticas de devoção, "às segundas-feiras, quartas e sextas, à noite, tangia a campainha pelos finados”. Em 1567, o Padre Caxa pedia graças especiais, a favor das almas, em cada missa que dissesse. Concedeu as o R Geral, por intermédio do B. Inácio de Azevedo, a quem ao mesmo tempo transmite a faculdade de as comunicar a mais três ou quatro Padres. Além daquele tanger da campainha, o conhecido toque das almas à noite, criaram-se confrarias ou lutuosas a favor dos que morriam, para ocorrer às despesas do enterro e aos sufrágios por sua alma. Tais usos significam uma poderosa reação contra o horror dos índios aos mortos, pois eles não tornavam a entrar nos lugares, onde os enterravam. As confrarias das almas estabeleceram-se nas Aldeias da Bahia, em 1573.
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Em 1583, também existia a confraria das almas, na Aldeia de S. Lourenço, do Rio, bem como a do S.mo Sacramento."
Fonte: Leite, Serafim, História da Companhia de Jesus no Brasil - Vol. 1, p. 326.