“Na Inquisição da África Centro-Ocidental, o embaixador aparece como Duarte Lopes Lisboa, filho de André Lopes, confeiteiro em Lisboa e “um dos contratadores do contrato das peças”. Sua casa ocupava um lugar central na vila de Luanda e era um ponto de encontro de cristãos novos em que se jogava cartas, se fazia negócios e se cometia todo tipo de blasfêmia religiosa e provocação política.
Em seu memorial de 1589, Duarte Lopes mostrou com toda clareza a complementaridade entre o tráfico de escravizados na África Centro-Ocidental e a questão indígena nas Américas, com destaque para as Índias de Castela, fazendo diversas sugestões para a criação de um contrato (asiento) para esse comércio. Ele era um experto no assunto: entre 1578 e 1591 cruzou frequentemente o Atlântico entre Angola/Kongo, Brasil e Lisboa, e, entre 1598 e 1603, transitou no circuito Angola/Kongo, Cartagena de Índias, Castela e Lisboa, provavelmente comerciando escravos em ambos os períodos.
Preso pela Inquisição de Lisboa, foi liberado graças ao perdão geral de 1605. Retomou seus negócios na África e em Cartagena. Em 1623, aparece no testamento de Gaspar Álvares. A embaixada de Duarte Lopes foi abalada pela morte de D. Álvaro I, mas as reinvindicações do manikongo foram recebidas por diferentes autoridades em Lisboa, Madri e Roma. As informações dadas por Duarte Lopes a Felippo Pigafetta constituíram a obra ‘Relatione del reame del Kongo et delle Circonvicine Contrade’ (1591), que reforçou a posição daquele reino como a mais antiga e importante monarquia católica negra da história.”
Itinerario/Viaje | Motivo | Fecha Inicio | Fecha Fin |
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Comercio | 1578 | 1579 |
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Político | 1581 | 1582 |
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Político | 1583 | 1586 |
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Político | 1587 | 1588 |
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Político | 1589 | 1589 |
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Político | 1591 | 1592 |
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Comercio | 1598 | 1601 |
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Etc. | 1605 | 1605 |