Jesuíta coadjutor (irmão). «Natural da cidade de Jaén, onde nasceu por 1542. Entrou na Companhia em 1558. O P. Visitador Cristóvão de Gouveia levou-o como companheiro ao Brasil, chegando à Baía a 9 de Maio de 1583, 'Daí a três ou quatro dias adoeceu o Ir. Barnabé Telo, esteve muito ao cabo, foi sangrado sete vezes, e purgado, tinha grande fastio e com vinho se lhe foi' (Cardim). Acompanhou sempre o Visitador nas viagens às Casas e Colégios do Brasil. Passaram o Natal de 1583 na Baía, 'Tivemos pelo Natal um devoto presépio, na povoação aonde algumas vezes nos juntávamos, com boa e, devota música, e o Ir. Barnabé nos alegrava com seu berimbau' (Cardim). O Natal de 1584 foi no Rio de Janeiro, e o Ir. Barnabé fez o mesmo. O seu parecer, nas obras que então se executavam no Brasil foi útil. Porque 'o Ir. Barnabé Telo, que servira o P. Mestre Simão, sabia quase todos os ofícios, era pedreiro, oleiro, carreiro, alfaiate, carpinteiro, e todos estes ofícios fazia bem' (Franco). Voltou a Portugal com o P. Visitador em 1589, e com ele foi cativo e brutalmente maltratado por piratas franceses, que os abandonaram no mar da Biscaia, conseguindo aportar a Santander. Dali entraram em Portugal, por Bragança, tomando o caminho de Lisboa (Cardim). Barnabé Telo pouco sobreviveu aos maus tratos, falecendo no Colégio de S. Antão (Lisboa) a 19 de Julho de 1590.» (Leite, Serafim, Artes e ofícios dos jesuítas no Brasil, 1549-1760)