4º e 7º Custódio (Superior) da Custódia Franciscana de Santo Antônio do Brasil. Chegou ao Brasil durante o governo de Diogo Botelho. É nomeado em História do Brasil, de Frei Vicente do Slvador, p. 393: "pelo que, vindo do reino o irmão frei Antonio da Estrella, veiu sobre isto muito encarregado e ordenou tres doutrinas pera os potiguares da Parahiba [...]".

"Pregador, e natural da Serra do mesmo nome no Reino de Portugal. No ano de 1602 chegou à Custódia, sendo neste mesmo ano eleito para Prelado dela na Congregação celebrada no Convento de Santo Antônio de Lisboa. Sendo este Prelado nimiamente austero, e rigoroso para si; porque era com excesso mortificado, e um vivo exemplar de penitentes, era discretamente mui afável, e benigno para os súbditos, e próximos, de que se seguia ser observantíssimo da disciplina Regular, e da sequela dos atos da Comunidade, de sorte que, visitando pessoalmente a Custódia, nem os longes dos caminhos, e molesto das jornadas por terra, nem o enfadonho das passagens dilatadas, e perigosas do mar, o impediram em ocasião alguma, por mui mortificado que se achasse, seguir as comunidades do coro, e Refeitório, em chegando aos Conventos, sem tomar repouso, e descanso a tanta moléstia, e descômodo; e o mesmo observava nos exercícios interiores de penitência, e oração. Concluído o seu triênio, se deixou ficar na Custódia, e nela o fizeram Guardião da Casa da Vitória, e foi o quarto com este título naquele Convento. Em outro lugar concluiremos com o mais que lhe toca."