Foi cirurgião da embarcação Desire da Armada de Thomas Cavendish. Lhe atribuíam um poder de curar pelas palavras. E os portugueses pensavam que era um feiticeiro. Tratou de Anthony Knivet, quando esteve enfermo das pernas. "Despejado que foi o estreito, fomos surgir no porto Desejado. Aí dirigiram-se os batéis à ilha dos Pinguins para apanha-los, e o general recebeu um cirurgião que curava os doentes com palavras. Veio ele a bordo ter conosco, e havendo proferido algumas palavras sobre meus pés, reapareceu-me nas pernas e pés a sensação que, havia catorze dias, eu perdera. Antes da vinda deste homem havia eu posto muitas vezes ferros aos pés, sem que me despertassem a sensação, apesar de estarem esses ferros quentes" (pág. 199).
"Só tinha um olho, e no lugar do outro diziam os portugueses que trazia um demônio familiar" (pág. 252).
Teria inventado um aparelho que se parecia a um escafandro. Que serviria para tirar a artilharia que jazia no fundo do mar e sugeriu que Anthony Knivet o utilizasse. Knivet disse que aceitaria se fosse bem recompensado. O Governador lhe ofereceu dez mil coroas e "um passaporte para a minha pátria ou para onde eu quisesse ir" (pág. 252). O experimento não saiu como era previsto, quase matando a Anthony Knivet. "Um mês inteiro andei desacordado" (pág. 253).
Segundo, Anthony Knivet, no ano de 1597, o cirurgião teria sido acusado de comer carne em sexta-feira e foi preso por causa disso. Pagou cem piastras e o soltaram. Um mês depois fugiu para Pernambuco. O governador mandou buscá-lo e trazer ele de volta ao Rio de Janeiro. Numa das caravelas ia o filho do governador, Gonçalo Correia de Sá.
Novamente Tower foi preso. E somente não foi enforcado porque a cidade intercedeu a seu favor. Posteriormente, foi enviado para Angola (Massangano), onde ele teria falecido (pág. 256-257).

Este cirurgião também é mencionado por Elysio de Oliveira Belchior, no livro Conquistadores e Povoadores do Rio de Janeiro (pág. 479-480).