Cristovão Henriques, cristão-novo, irmão de Francisco Henriques. Morador na casa do irmão, na Bahia. Denunciado pelo aprendiz de barbeiro Manoel Rabelo, em 13/09/1618. Segundo o denunciante: "haverá mês e meio pouco mais ou menos segundo sua lembrança que nesta cidade em um dia de que não está lembrado se foi pela manhã se a tarde estando ele denunciante em casa de Francisco Anriques da nação, natural de Vila do Conde no reino, alfaiate, casado e morador nesta cidade, vizinho dele denunciante, a cuja casa foi quando o caso aconteceu por serem amigos e vizinhos como costumava ir muitas vezes pela mesma razão e falando ele denunciante com Cristovão Anriques também da nação, solteiro, irmão de este Francisco Anriques que vive em sua casa, e será de idade de vinte e dois anos sobre se dizer que vinha Inquisidor a essas partes e que haviam de queimar muitos judeus, respondera o dito Cristovão Anriques, que alguns morriam mártires". Depois de repreendido, teria se calado. Além disso, denunciava outro ocorrido (mesmo período) no mesmo local, teria Cristovão Henriques contado "que bebera um púcaro de água depois da meia noite, e comungara depois, e será fazer escrúpulo se gabava disso, dizendo que não era pecado comungar depois de a ter bebido".
Estavam presentes no mesmo local e foram testemunhas do ocorrido o irmão de Cristovão Henriques, Francisco Henriques, o denunciante Manoel Rabelo, o cristão-novo Domingos, aprendiz de Francisco Henriques, de dezessete anos (natural de Lisboa) e o mulato forro Francisco Gonçalves, natural da Ilha da Madeira.
Person | Relationship | Person | Operations |
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Cristovão Henriques | Social → Amistad | Manuel Rabelo | See Manuel Rabelo |
Cristovão Henriques | Familiar → Hermano | Francisco Henriques | See Francisco Henriques |